por Janaína Rodrigues de Souza – Bióloga/Microbiologista

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada dia, cerca de um milhão de pessoas, em todo o mundo, adquire uma doença sexualmente transmissível.

A Gonorreia é um exemplo de doença Infecciosa Sexualmente Transmissível (IST), causada pela bactéria, Neisseria gonorrhoeae, que possui uma incidência global anual estimada em 86,9 milhões de adultos e é considerada um problema de saúde pública.

Pode apresentar-se como uretrite em homens, cervicite ou uretrite em mulheres e em locais extragenitais (faringe, reto, conjuntiva e em casos raros, sistemicamente) em ambos os sexos. Ainda não há disponibilidade de vacina gonocócica e a prevenção depende de relações sexuais seguras, com uso de preservativos e de campanhas de conscientização sobre IST. O tratamento eficaz torna-se um desafio pela dificuldade de isolamento da Neisseria gonorrhoeae o que contribui para o aumento da transmissão.  

Neisseria gonorrhoeae é fastidiosa, oxidase positiva, diplococos Gram negativos intracelulares, não flagelado, apresenta diâmetro entre 1,0 a 1,06µ.  

O gonococo não tolera redução da umidade e as amostras devem ser semeadas, imediatamente, em meio de cultura apropriado, suplementado, após a coleta clínica. Obtém-se crescimento melhor em temperaturas de 35 a 37°C, e muitas requerem uma certa quantidade de dióxido de carbono ou de bicarbonato. Colônias típicas surgem em 24 a 48 horas, porém sua viabilidade no meio de cultura perde-se rapidamente por autólise.   

O diagnóstico é realizado pela observação de sintomas e por análises laboratoriais, através dos métodos abaixo:   

1. Microscopia com coloração de GRAM;  

2. Cultura   

3. NAAT (Teste de Amplificação de Ácido Nucléico)

Devido as altas taxas de resistência bacteriana, obtenção dos padrões de resistência, os escassos estudos referentes à gonorreia pela dificuldade do cultivo e obtenção dos padrões de resistência, uma análise de qualidade, auxilia a escolha do antibiótico correto contribuindo para a diminuição dessas taxas.

Para tal, o teste de sensibilidade é realizado e deve seguir conforme as recomendações vigentes no Eucast/BrCast e CLSI.    

Com o objetivo de contribuir no desafio do diagnóstico laboratorial, a Plastlabor oferece ao mercado, através de seu portfólio, ampla solução na rotina de detecção de Neisseria gonorrhoeae, que pode ser conferida abaixo:

-> eSwab, produto da nossa parceira Copan, onde um meio de cultura de transporte com nutrientes e inibidores para crescimento da microbiota saprófita (faringe, reto e cérvix), possui condições ideais para a Neisseria gonorrhoeae, permitindo maior estabilidade da amostra após a coleta.

  • Cepa Padrão Licenciada ATCC de nossa parceria exclusiva com a Microbiologics, para controle de qualidade das rotinas envolvidas na detecção de Neisseria gonorrheae.

  • Meios de Cultura enriquecidos e seletivos produzidos em nossa planta fabril com nova tecnologia, proporcionando ao laboratório alta performance nos resultados, laboratoriais.  
  • Meio de Cultura para isolamento como o Thayer-Martin, onde as colônias de Neisseria gonorrhoeae são normalmente pequenas, brilhantes, viscosas e extremamente aderidas ao meio de cultura.
  • Meios de cultura para identificação bioquímica, compostos dos açúcares maltose, sacarose e trealose. utilizados na diferenciação das espécies, como Neisseria gonorrhoeae, Neisseria meningitidis, Neisseria sicca, Moraxella.
  • Meio de cultura para teste de sensibilidade Mueller Hinton + Sangue Desfibrinado de Cavalo 5% e 20 mg/L β-NAD (MH-F). 
Meio Ágar Mueller – Hinton + sangue desfibrinado de cavalo 5% e 20 mg/L β-NAD (MH-F).
  • Reagentes para Coloração de GRAM apresentação em Kit contendo 1 frasco PET de cada reagente Cristal Violeta, Lugol, Acetona e Fucsina Fenicada, todos com 500mL.
  • McFarland 0,5: Escala nefelométrica, utilizada para verificação da suspensão do microrganismo, na de identificação microbiana. 
  • Teste de Sensibilidade, os critérios de aceitação de disco-difusão para Neisseria gonorrhoeae ainda não foram definidos e um método de determinação da CIM deve ser utilizado. Caso um sistema comercial seja utilizado, é recomendado que o laboratório siga as instruções do fabricante.  

Conforme a referência Eucast/BrCast, laboratórios onde há incidência de poucos isolados, devem preferencialmente enviá-los a um laboratório de referência para teste.     

Discos de Difusão: Cefoxitina; ceftriaxona, cefotaxima, ciprofloxacina, espectromicina e tetraciclina.   

Para obter mais informações dos meios de cultura citados, entre em contato conosco:   
Tel: (21) 2501-0888  
Email: [email protected] 

HORÁRIO DE ATENDIMENTO  
Seg a Qui de 8h às 18h 
Sex de 8h às 17h  

Referências bibliográficas:

  • LIN, Eric Y; ADAMSON, Paul C; KLAUSNER, Jeffrey D. Epidemiology, Treatments, and Vaccine Development for Antimicrobial-Resistant Neisseria gonorrhoeae: Current Strategies and Future Directions. Drugs, v. 81, n. 10, p. 1153–1169, Jul 2021. Disponível em: <https://link.springer.com/10.1007/s40265-021-01530-0>. Acesso em: 16 jun 2023.
  • MŁYNARCZYK-BONIKOWSKA, Beata e colab. Multiresistant Neisseria gonorrhoeae: a new threat in second decade of the XXI century. Medical Microbiology and Immunology, v. 209, n. 2, p. 95–108, Abr 2020. Disponível em: <http://link.springer.com/10.1007/s00430-019-00651-4>. Acesso em: 16 jun 2023.
  • QUILLIN, Sarah Jane; SEIFERT, H Steven. Neisseria gonorrhoeae host adaptation and pathogenesis. Nature Reviews Microbiology, v. 16, n. 4, p. 226–240, Abr 2018. Disponível em: <https://www.nature.com/articles/nrmicro.2017.169>. Acesso em: 16 jun 2023.

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