No Dia Internacional da Mulher a Plastlabor homenageia seis valorosas mulheres do ramo da Microbiologia.

Ester Sabino
Diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP e coordenadora do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE), que é apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (Fapesp) e pelos britânicos Medical Research Council e Fundo Newton. Participou junto com a doutora Goes de Jesus da pesquisa sobre o novo coronavírus de que determinou, em apenas 48 horas, a sequência completa do genoma viral encontrado no Brasil, que foi chamado de SARS-CoV-2.

Jaqueline Goes de Jesus
Pós-doutoranda na Faculdade de Medicina da USP e bolsista da FAPESP. Durante seu doutorado, ela contribuiu para o aprimoramento de protocolos de sequenciamento de genomas completos pela tecnologia de nanoporos dos vírus Zika e HIV. Foi a coordenadora da equipe brasileira responsável pelo sequenciamento do genoma do novo coronavírus.

Angelina Fanny Hesse
“Meio de Frau Hesse”

Angelina, que cozinhava tanto as refeições da família, como o estoque de carne que as bactérias comiam em sua cozinha, sugeriu o uso do agar-agar.
Dona de casa, ilustradora e auxiliar do marido, Walter Hesse, que trabalhava no laboratório do médico e microbiologista alemão Robert Koch. Fanny sugeriu que Agar-Agar era preferível à gelatina para cultivar bactérias. O que possibilitou o isolamento do bacilo da tuberculose por Robert Koch.
Fanny, que nunca foi remunerada, só foi creditada por sua colaboração, 75 anos depois.

Freira Noella Marcelino
“Quando eu olho através de um microscópio e vejo a maravilha, vejo Deus nesses microorganismos.”

Doutora em microbiologia com ênfase em fungos e os efeitos do decaimento e putrefação. O trabalho dela se focou em Geotrichum Candidum, um fungo francês fundamental no processo de fazer queijo.
Ela passou dois anos analisando os mofos usando testes genéticos e bioquímicos e identificou como diferentes fungos levam a diferentes queijos. Seu trabalho nos ajuda a entender a complicada ciência por trás das técnicas antigas de se produzir queijos.

Johanna Döbereiner
“Não tem nada de mais na vida de um cientista. É rotina como outra qualquer. Só que meu escritório é um laboratório. Sou uma camponesa no laboratório”

Foi cientista e liderou a pesquisa no Instituto de Ecologia e Experimentação Agrícola do Serviço Nacional de Pesquisas Agronômicas – precursor da Embrapa. Graças a ela, o Brasil é hoje o segundo maior produtor de soja do mundo e sem fazer uso de qualquer aditivo químico. Foram suas descobertas que permitiram a fixação de nitrogênio por bactérias na plantação de soja. Indicada ao Nobel de Química em 1997.

Gertrude Elion
“Não tenha medo de trabalho difícil. Nada vale a pena se vem fácil. Não deixe que os outros o desanimem ou digam-lhe que você não pode fazê-lo. Na minha época, disseram-me que as mulheres não entram na Química. Eu não vi nenhuma razão para que eu não pudesse entrar.”

Trabalhando inicialmente com química orgânica, acabou se envolvendo com a microbiologia e a bioquímica dos compostos que sintetizava. Após ser rejeitada em 15 programas de pós-graduação pelo fato de ser mulher, aceitou ser assistente de laboratório mesmo sem remuneração, até conseguir se associar, anos depois, ao grande grupo farmacêutico Burroughs-Wellcome. Nos anos 50, ela participou do desenvolvimento de um método esquemático para produção de fármacos, o que a permitiu produzir drogas contra leucemia, gota, rejeição ao transplante e infecção por herpesvírus, como o aciclovir, primeira escolha na terapia até hoje por ser um medicamento seguro e eficiente. Foi laureada com o Prêmio Nobel de Medicina em 1988.

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

You may use these <abbr title="HyperText Markup Language">html</abbr> tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

*

três × 1 =