A resistência antimicrobiana é a capacidade de um microrganismo de resistir aos efeitos da medicação anteriormente utilizada para tratá-los, com antibióticos. Surge através de uma das três maneiras seguintes: resistência natural em certos tipos de bactérias; mutação genética ou por uma espécie que adquire resistência de outra. Pode aparecer espontaneamente por mutações aleatórias, ou mais comumente após o acúmulo gradual ao longo do tempo e devido ao mau uso de antibióticos ou antimicrobianos. Os microrganismos resistentes são cada vez mais difíceis de tratar, exigindo doses mais elevadas ou medicamentos alternativos, que podem ser mais caros ou mais tóxicos.
O relatório intitulado “Preparando-se para superbactérias”, ©2023 “United Nations Environment Programme”, fornece evidências de que o meio ambiente desempenha um papel fundamental no desenvolvimento, transmissão e disseminação da resistência antimicrobiana, mostrando que as dimensões ambientais são multifacetadas. Uma abordagem que reconhece que a saúde das pessoas, dos animais, das plantas e do ambiente estão intimamente ligadas e são interdependentes, e a resposta assenta na colaboração entre setores.
Destaque para a crise climática que piora a resistência antimicrobiana de várias maneiras. Uma pesquisa mostrou que a elevação das temperaturas aumenta tanto a taxa de crescimento bacteriano quanto a taxa de disseminação de genes resistentes a antibióticos entre microrganismos.
Fazemos um convite para aprofundar a leitura nesse tema de extrema importância, considerado uma das maiores ameaças à saúde global.
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