O Dia Nacional do Controle à Infecção Hospitalar é uma data na qual os segmentos atuantes na área da saúde renovam o seu compromisso e se mobilizam para debater, rever e aprimorar as práticas que possam auxiliar na redução da incidência das infecções hospitalares, que correspondem a  qualquer tipo de infecção adquirida após a entrada do paciente em um hospital ou após a sua alta, desde que a enfermidade esteja diretamente relacionada com a internação ou procedimento hospitalar, podendo ser chamadas também de Infecções relacionadas a assistência à saúde (IRAS).

O motivo dessa mobilização é influenciada pelos números superlativos da enfermidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infecção hospitalar é a quarta maior causa de mortes no mundo. No Brasil, cerca de 14% dos pacientes internados contraem algum tipo de infecção.

Prevenção. A infecção hospitalar pode ocorrer em qualquer serviço de saúde e muitas ocorrências estão relacionadas com as condições de higiene do local ou na baixa adesão das medidas de prevenção, como o simples ato de lavar as mãos. Em relatório, a OMS observou que 70% das infecções hospitalares poderiam ser evitadas com a correta higienização das mãos.

Além do risco de morte, a infecção hospitalar tem gerado um aumento no consumo de antibióticos e como resultado tem favorecido o  surgimento de multirresistência. Em recente estudo, a OMS alertou para a possibilidade de uma mortandade superior a 10 milhões de pessoas por ano, a partir de 2050, causada por bactérias Multirresistentes. Apesar de distante, o número é maior que o total de mortes anuais provocadas pelo câncer, mas pode ser reduzido as medidas forem tomadas imediatamente para a redução destes números.

Entre as medidas que podem ser adotadas para tentar reduzir esses números negativos estão:
– a correta higienização das mãos por pacientes, visitantes e equipes (médicos, enfermeiras e equipes de apoio)
– descarte correto dos equipamento de proteção individual (EPIs);
– treinamento constante de equipes de apoio;
– orientações para pacientes e visitantes de como  higienizar as mãos higienizar antes e depois de sair do ambiente hospitalar.

Histórico. No dia 15 de maio de 1847, na Hungria, o médico-obstetra Ignaz Philipp Semmelweis defendeu e incorporou a prática da lavagem de mãos como atitude obrigatória para enfermeiros e médicos que entravam nas enfermarias.  A atitude teve impacto imediato e ajudou a reduzir significativamente a taxa de mortalidade dos pacientes.

Por esse motivo, o dia 15 de maio, por meio da Lei no 11.723, de 23 de junho de 2008, foi incorporado ao Calendário da Saúde, como forma de conscientizar autoridades sanitárias, diretores de instituições e trabalhadores de saúde sobre a importância do controle das infecções.

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