Nos últimos dois anos, a pandemia do Coronavírus, também atingiu os esforços para a redução de casos de tuberculose. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020, o número de casos diagnosticados e notificados da doença caiu de 7,1 milhões para 5,8 milhões, enquanto as mortes chegaram ao total de 1,5 milhão de pessoas, essa queda acentuada foi influenciada pela subnotificação.
O último relatório da OMS registrou que mais de quatro mil pessoas morreram e quase 30 mil pessoas foram diagnosticadas com tuberculose, uma doença evitável e curável. Um dos principais problemas para os números elevados e com tendência de crescimento é a falta de interesse dos Governos, com campanhas informativas e investimentos na prevenção da doença.
A tuberculose geralmente afeta os pulmões, mas também pode atacar outras partes do corpo, como o cérebro, os rins ou a coluna. Na maioria dos casos a doença é tratável e curável. No entanto, muitas pessoas abandonam o tratamento após as primeiras semanas, pois apresentam melhoras dos sintomas. Esse problema seria reduzido se houvesse uma rede de apoio e acompanhamento ativa para que o tratamento fosse levado até o fim. A consequência é o surgimento de bactérias resistentes aos medicamentos.
Para especialistas, a tuberculose resistente se não for controlada pode se tornar a forma dominante no contágio. As consequências são o aumento no número de mortes, de custos para a pesquisa de novos tratamentos e posteriormente, na distribuição para a população. Para evitar essa realidade, o tema da do Dia Mundial da Tuberculose, realizado anualmente dia 24 de março, é “Investir para acabar com a tuberculose. Salve vidas”, o objetivo da campanha deste ano é transmitir urgência de investimentos para intensificar a luta contra a tuberculose.