A cooperação entre empresas e universidades é uma prática que tem ganhado espaço no mercado. Na PlastLabor entrou para a cultura da empresa quando houve a percepção que existia a necessidade de agregar conhecimento e inovação aos produtos.
Uma das parcerias firmadas foi com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que gerou como resultado o Kit Sire Nitrase para detecção de resistência ao Mycobacterium tuberculosis. Nesta parceria houve transferência de conhecimento (know-How) da universidade para a fabricação do produto em escala industrial e publicação de cinco artigos científicos em revistas internacionais.
Para Elen Siqueira a parceria foi importante devido as universidades serem pioneiras no desenvolvimento de novas metodologias e técnicas, principalmente, na área da Microbiologia.
“Não estamos falando que as empresas não tenham condições de desenvolver sozinhas uma metodologia, técnica ou processo, mas temos excelentes centros de pesquisas, nas universidades, que estão empenhados em Pesquisa e Inovação (P&D). Então, o que fizemos foi unir interesses”, revela Elen Siqueira.
Entraves. No entanto, realizar parcerias com universidades, principalmente para o desenvolvimento de produtos, tem os seus prós e contras. A parte positiva é a possibilidade de aliar-se com pesquisadores extremamente qualificados e Entidades Educacionais que são referência em pesquisa de ponta. Contudo, existe um processo burocrático em todas as etapas do processo, e que muitas vezes geram lentidão a conclusão do projeto.
O Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação oficializado pelo Decreto Federal nº 9.283, de 7 de fevereiro de 2018, que regulamentou a lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016, foi uma das ferramentas que poderiam desburocratizar as parcerias, mas na prática demonstrou poucas mudanças na cultura dos vários setores envolvidos, para a realização de convênios de cooperação.
Dessa forma, as empresas que tenham interesse em recorrer às Universidades para o desenvolvimento de pesquisas, ainda têm que contar com um longo processo ou ter o projeto abraçado pela Instituição.
“Nós tivemos sorte com as parcerias realizadas com a UFMG, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO), entre outras. Apesar da tramitação do projeto ser demorado, burocrático e muitas vezes desanimador, uma alternativa para tentar reduzir os trâmites é ter o projeto abraçado por algum Centro de Pesquisa ou Instituição objetivando maior agilidade no processo”, comenta o Presidente da Plast Labor, Wagner Garcia.
Parcerias. Atualmente, a PlastLabor mantém parcerias com Instituições de Ensino no desenvolvimento de novos produtos e metodologias cujo objetivo é atender a demanda crescente no segmento da microbiologia. Também fornece produtos à diversas Instituições de Ensino para utilização em aulas praticas, proporcionando o acesso dos estudantes a materiais de primeira linha, utilizados em grandes empresas e laboratórios.