A Plastlabor dispobilizou os conteúdos (vídeo, apresentação e Q&A) da live sobre o Complexo Burkolderia cepacia (Bcc) USP <60>, ministrado por Letícia Dias, executiva de vendas da Plastlabor. Confira abaixo o material.

Perguntas e respostas realizadas durante a live:

É interessante fazer a pesquisa em água? Essa dúvida surgiu em muitas pessoas.
A Pesquisa de Burkholderia não é uma especificação explícita nas farmacopeias, porém na USP é citado a Burkholderia no capitulo de água <1231> como potencial formadora de biofilmes (8.2.1) e como resistente a certos conservantes e antimicrobianos utilizados em produtos farmacêuticos (8.5.4). Dessa forma, para um adequado Programa de Monitoramento, o complexo Bcc pode e deve ser adicionado como microrganismo de “especificação”, criando um limite de alerta e de ação que pode ser baseado no histórico de resultados das análises de água.

Malditof identifica muito bem. Eu sou da área de Análises Clínicas
Agradecemos por compartilhar a experiência. Alguns materiais técnicos também indicam o Vitek como um bom Sistema de Identificação. Como informado, o “gold standard” seriam as Identificações Genômicas.

A atenção deve ser muito grande com os kits bioquímicos, devido a similaridade na fenotipagem do complexo Bcc. Uma validação do método de identificação é sugerida, com cepas rastreáveis e isolados ambientais “in house”.

O crescimento das colônias marrom-esverdeadas com halo amarelo é visualizado no BCSA também?
Sim. Segundo a USP <60> a presença de bactérias do complexo Bcc é indicada pelo crescimento de colônias marrom-esverdeadas com halo amarelo ou colônias brancas cercadas por uma zona vermelho-rosa no BCSA.

O crescimento de colônias brancas no Cetrimide pode ser indício de Bcc ou não há como fazer essa afirmação?
Não existe no capítulo <60> essa indicação, dessa forma é difícil afirmar que essa possibilidade possa ocorrer. Porém não é o padrão de crescimento.
Em se tratando de Ágar Cetrimide, um meio de cultura de alta seletividade, que em muitas vezes para a própria P. aeruginosa exige atenção, não é aconselhável utilizá-lo como parâmetro de um possível indício de crescimento do complexo de Bcc.
O mais adequado é implementar o BCSA e garantir através do “Suitability Test” a adequabilidade dos métodos dos produtos acabados da rotina de análise.

Já existe algum teste confirmatório para o Bcc? (Sem precisar utilizar o WGS, por exemplo)
As literaturas apontam automações como MALDI-TOF e VITEK. Atenção deve ser redobrada com kits bioquímicos.

Gostaríamos que você nos indicasse algum Kit para identificação bioquímica de fácil interpretação.
A indicação nas literaturas é que deve haver uma atenção especial com a identificação através de kits bioquímicos, devido à similaridade fenotípica do complexo Bcc. Dessa forma, a sugestão é que sejam adquiridas as disponibilidades de kits do mercado e que uma validação robusta seja realizada com cepas rastreáveis e com isolados ambientais.

Poderia nos indicar alguma instituição que possua as cepas liofilizadas mencionadas na USP?
A PlastLabor é uma empresa autorizada distribuidora da Microbiologics, licenciadas da ATCC e possui uma grande variedade de ATCC no portfólio, desde as cepas solicitadas para os testes do capítulo <60> da USP, quanto todas as cepas referenciadas nos demais capítulos da USP. Você pode verificar através do site abaixo. No link: Plastlabor-Cepas.

Para implantação dessa análise se eu não tiver então acesso a uma identificação genômica pois geralmente utilizo testes bioquímicos não tenho como confirmar a presença de Bcc?
Devido ao desafio reportado nas literaturas como a identificação do complexo Bcc, a indicação é a identificação Genômica. A sugestão seria uma validação robusta com o kit bioquímico que você utiliza com cepas referências e isolados ambientais de forma que você garanta que o mesmo é capaz de identificar o complexo Bcc.

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