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Perguntas Frequentes

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O CCIH está solicitado vigilância em swab anal para carbapenemase, qual o meio cromogenico indicado ? CHROMAGAR KPC ou MSUPER CARBA ?

Existem algumas metodologias indicadas para o rastreamento de bactérias resistentes aos carbapenems, desde o documento oficial da ANVISA de 2013 que é o mais simples, porém é também o mais trabalhoso, até métodos moleculares.

Uma das metodologias mais usadas atualmente que associam custo beneficio com maior sensibilidade, são os meios cromogênicos. Eles são capazes não só de fazer o isolamento das bactérias resistentes aos carbapenems em menor tempo, como também identificam a bactéria que esta sendo pesquisada. Você deve montar sua rotina baseada nos seus recursos e na sua demanda, adequando aquilo que pode te trazer melhor produtividade.

Com o aumento na demanda de nossas hemoculturas começamos a ter alguns questionamentos. Uma grande duvida é se devemos colher um par de frascos por punção e em um destes frascos nós furarmos a tampa para entrada de ar e assim ocorrer uma aeração do frasco e o outro frasco preserva-lo com o vácuo? Atualmente colhemos pelo método acima três pares de frascos com intervalo de 15 minutos e assim fica um frasco aeróbio e outro anaeróbio, com um volume total de sangue cultivado de 30mL. Estamos fazendo correto? Conseguimos uma boa sensibilidade com o método acima, mesmo utilizando apenas frascos manuais com TSB?

A primeira questão que devemos definir quando é sugerida uma coleta de hemocultura é o volume de sangue. A recomendação é que cada amostra/punção tenha no mínimo 20ml de sangue, com isso, cada frasco aeróbio ou anaeróbio devera receber 10ml de sangue cada.
Se a solicitação médica sugerir duas amostras, devemos colher dois pares de frascos totalizando 40ml de sangue.  No caso do número de amostras colhidas (um par de frascos é igual a uma amostra), a recomendação é de no mínimo duas amostras, sendo o ideal três amostras colhidas de sítios diferentes com intervalos definidos em função da hipótese diagnostica.

Os frascos não precisam ser “aerados”, é preciso saber somente se os frascos que você utiliza, tem a apresentação aeróbia e anaeróbia. Isso só seria indicado se você estivesse usando somente frascos anaeróbios.

Minha dúvida é: diante de tantos antibióticos, seja BrCast, ou CLSI, e já que não se deve colocar mais que 12 ou 15 discos, como escolher dentre as classes, e reportar nós laudos? Por exemplo: amostras de urina, eu vejo em muitas fotos, poucos discos testados. E os laudos são reportados com muito mais discos. Não tem como fazer um antibiograma com 17-20 discos... Não se mede Halo assim. Por favor, estou a implantar o BrCast e a dúvida não consigo resolver. Obrigada.

O documento vigente e que deve ser implementado e seguido nos laboratórios de microbiologia brasileiros, é o BrCast.

A escolha dos antibióticos a serem testados pelos laboratórios, devem seguir os seguintes critérios: perfil de atendimento (ambulatorial/hospitalar), principais classes de antibióticos usados na prática clinica brasileira e que o antibiograma inclua antibióticos de uso oral. Porém, essa escolha tem que ser especifica para o grupo de microrganismos para cada antibiograma realizado: Enterobacterales, Staphylococcus sp., Streptococcus sp., Pseudomonas sp., etc. 

Na metodologia de Kirby-Bauer, usando placas de 150mm, só vamos poder testar no máximo 12 discos de antibióticos.  Mais do que isso, não vamos conseguir mensurar os halos adequadamente pela possível sobreposição dos mesmos.

Sugiro que você leia os seguintes documentos no site BrCast: http://brcast.org.br/documentos/

  • 6 – Manual-Disco-Difusao-BrCAST-21092018
  • Guia-Leitura-Disco-Difusão-BrCAST-03-2016

Além disso, na tabela Pontos De Corte Clínicos BrCAST 2020-01-05-2020, você poderá escolher em função do seu perfil de atendimento, as principais classes de antibióticos para cada grupo de microrganismos específicos, montando assim, seu antibiograma de forma mais adequada ao seu laboratório.

Minha dúvida é em relação a validade de um meio de cultura. Podemos após a data limite de validade refazer a promoção de crescimento desses meios para continuar o uso ou descarte mesmo. Tem dados em alguma legislação sobre estabilidade?

A recomendação é seguir sempre a validade recomendada pelo fabricante. Para o critério de validade são feitos vários estudos de estabilidade do produto e, até seu vencimento, garantimos a integridade do mesmo. Após o prazo de validade o produto está sujeito a não atender aos requisitos de eficácia do produto, oxidação, contaminação, baixa recuperação de crescimento microbiano. Além de problemas em auditorias e renovação de licenças, podendo ter uma não conformidade grave.

Estou com dificuldades com a Cepa de Pseudomonas aeruginosa. Estou fazendo a 3ª passagem e ela não cresce de jeito nenhum. Tentei os meios ágar nutriente, TSA, ágar sangue, agar pseudomonas e não tenho bons resultados. Poderiam me ajudar.

Acredito que seja interessante relembrarmos alguns fatores importantes que interferem na viabilidade das cepas ATCCs, já que pelo que você relatou, a cepa parece não estar mais viável e por isso não está crescendo.

Acredito que sua cepa ATCC seja uma das fornecidas pela Plastlabor, que são da Microbiologics. Sendo assim, primeiramente é importante seguir as instruções de uso que estão disponíveis nesse link https://plastlabor.com.br/produtos/cepas-atcc/, e verificar se todos os passos foram seguidos de forma correta para que o repique primário fosse feito.

Além disso, é necessária uma certificação da qualidade dos insumos utilizados para realizar essa ativação e das condições da estufa utilizada para a incubação. Normalmente é utilizado o Ágar sangue para realizar essas passagens e a incubação é feita em aerobiose na temperatura comum de estufas bacterianas, 35+-1.

Pelo que entendi na sua pergunta, você não teve problema nas duas passagens iniciais, somente na terceira. Logo, acredito que o problema não tenha sido no processo de hidratação da cepa liofilizada, porque caso fosse, não haveria crescimento na primeira passagem e muito menos na segunda.

Alguma coisa causou a perda de viabilidade dessa cepa após a segunda passagem. Verifique os possíveis interferentes como temperatura da estufa, atmosfera de incubação, operador que realizou o repique, tempo que levou para ser realizado o novo repique, entre outros fatores.

Se a passagem secundária que cresceu não estiver muito antiga, após um repique em Ágar sangue e incubação correta, não tem por que a cepa não crescer.